Portuguesa campeã da Taça São Paulo de 1973

Em 1973 a Portuguesa comemorou o seu último título Paulista da sua história, mais pouco sabem que a Lusa, nesse mesmo ano foi campeã da Taça São Paulo.

A competição foi criada pela FPF, para manter os times em atividade, em função da paralisação do Campeonato Paulista.

Comandados por Oto Glória, o time rubro verde contou com um sistema defensivo forte e não sofreu nenhum gol, nas sete partidas disputadas.

Para ser campeã a Portuguesa não teve um caminho fácil. Na primeira fase venceu o São Paulo ( 2 a 0) e o Corinthians (1 a 0 ); e empatou sem gols, com Palmeiras e Juventus. Se classificando para as semi finais em primeiro lugar no grupo.

Na semi-final, enfrentou o bom time da Ferroviária e venceu a primeira partida, no Pacaembu por 1 a 0, gol de Enéas. Em Araraquara, novamente 1 a 0, com Enéas novamente anotando o gol da vitória .

A final foi disputada em jogo único, no estádio do Pacaembu. Um público de quase trinta mil pessoas viram a Lusa massacrar o Palmeiras, por três gols a zero. Wilsinho duas vezes e Enéas foram os autores dos gols.

O último título oficial da Portuguesa tinha sido o Torneio Rio-São Paulo de 1955. Coube ao capitão Badeco levantar a Taça e por fim a esse incomodo jejum que já durava 17 anos.

A competição foi disputada por 17 clubes divididos em três grupos : A – 5 times; B – 6 times; C- 6 times. Os dois primeiros colocados do grupo A e os primeiros colocados do grupo B e C se classificaria para as semi-finais.

A Portuguesa ficou no grupo A ao de lado de: Corinthians, Juventus, Palmeiras e São Paulo. O outro integrante do grupo seria o Santos, que desistiu para excursionar pelo exterior.

Confira as partidas da Portuguesa:

Primeira Fase

02/06/1973   São Paulo 0 x 2 Portuguesa              Estádio: Morumbi              
Público: 4 451 pagantes;
Renda: Cr$ 36 513,00 cruzeiros;
Árbitro: Roberto Nunes Morgado;
Gols: Cabinho aos 10 e Isidoro aos 24;
São Paulo: Sérgio; Nelson, Arlindo, Samuel e Gilberto; Teodoro e Pedro Rocha; Terto, Toninho, Zé Carlos (Mauro) e Paraná (Piau). Técnico: Telê Santana.
Portuguesa: Zecão; Cardoso, Pescuma, Calegari e Isidoro; Badeco e Basílio; Xaxá, Enéas, Cabinho e Da Costa. Técnico: Oto Glória.
07/06/1973  Palmeiras 0 x 0 Portuguesa               Estádio: Parque Antártica    
Público: 1 402 pagantes;  
Renda: Cr$ 13 930,00 cruzeiros;
Árbitro: Oscar Scolfaro;
Palmeiras: Raul Marcel; Eurico, Polaco, Alfredo e Celso; Dudu (Zé Carlos) e Ademir da Guia; Edu, Ronaldo, César Maluco e Pio (Fedato). Técnico: Oswaldo Brandão.
Portuguesa: Zecão; Cardoso, Pescuma, Calegari e Isidoro; Badeco e Basílio; Xaxá (Enéas), Dicá (Luisinho), Cabinho e Da Costa. Técnico: Oto Glória.
10/06/1973  Portuguesa 0 x 0 Juventus                  Estádio: Canindé            
Público: 6 359 pagantes;
Renda: Cr$ 49 480,00;
Árbitro: Dulcídio Vanderlei Boschillia;
Cartão vermelho: Da Costa (Portuguesa) aos 44 por entrada violenta;
Portuguesa: Zecão; Cardoso, Pescuma, Calegari e Isidoro; Badeco e Basílio; Luís Lima, Enéas (Tatá), Cabinho e Da Costa. Técnico: Oto Glória.
Juventus: Sérgio Gomes; Chiquinho, Paulo, Guassi e Luisinho; Maurinho e Adnã (Brida); Luis Antônio, Tanesi, Sérgio Pinheiro (Guaçu) e Ziza. Técnico: Milton Buzzeto.
17/06/1973  Portuguesa 1 x 0 Corinthians            Estádio: Pacaembu         
Público: 9 958 pagantes;
Renda: Cr$ 78 333,00;
Árbitro: Roberto Nunes Morgado;
Gol: Cabinho aos 15;
Portuguesa: Zecão; Cardoso, Pescuma, Calegari e Isidoro; Badeco e Basílio; Luís Lima (Luisinho), Enéas, Cabinho e Wilsinho. Técnico: Oto Glória.
Corinthians: Ado; Ademir (Wagner), Baldochi, Luís Carlos e Eberval; Tião e Nelson Lopes; Mirandinha, Vaguinho, Lance e Marco Antônio (Rodrigues). Técnico: Yustrich.

Com a vitória sobre o Corinthians a Lusa se classificou para a fase seguinte como primeira colocada do seu grupo, com seis pontos. Com os mesmos seis pontos o Palmeiras também se classificou. Os dois se juntaram a Ponte Preta (grupo B) e a Ferroviária (grupo C).

Semi final

21/06/1973  Portuguesa 1 x 0 Ferroviária              Estádio: Pacaembu 
Renda: Cr$ 9 942,00;
Árbitro: José Assis Aragão;
Gol: Enéas aos 43 minutos do primeiro tempo;
Portuguesa: Zecão; Cardoso, Pescuma, Calegari e Isidoro; Badeco e Basílio; Xaxá (Luís Lima), Enéas, Cabinho e Wilsinho (Da Costa). Técnico: Oto Glória.
Ferroviária: Sérgio; Batalhão (Fernando), Mariani (Carlos), Ticão e  Zé Carlos; Muri e Mário Augusto; Nicanor, Laerte, João Marques e Wágner.
24/06/1973  Ferroviária 0 x 1 Portuguesa             Estádio: Fonte Luminosa
Renda: Cr$ 18 353,00;
Árbitro: Almir Laguna;
Gol: Enéas aos 1 minuto do primeiro tempo;
Ferroviária: Sérgio; Batalhão, Fernando, Ticão e Zé Carlos; Muri e Ademir (Laerte); Nicanor, Mário Augusto (Tonho), João Marques e Wágner.
Portuguesa: Zecão; Cardoso, Pescuma, Calegari e Isidoro; Badeco e Luisinho(Helinho); Luís Lima, Enéas, Cabinho (Dicá) e Wilsinho. Técnico: Oto Glória.

Final

01/07/1973  Portuguesa 3 x 0 Palmeiras                Estádio: Pacaembu           
Público: 29 600 pagantes;
Renda: Cr$ 255 914,00;
Gol: Wilsinho aos 12, Enéas aos 43 e Wilsinho aos 55;
Portuguesa: Zecão; Cardoso, Pescuma, Calegari e Isidoro; Badeco e Basílio; Xaxá (Helinho), Enéas, Cabinho (Tatá) e Wilsinho. Técnico: Oto Glória.
Palmeiras: Raul Marcel; Eurico, João Carlos, Alfredo e Celso; Dudu(Zé Carlos) e Ademir da Guia; Edu, Milton(Fedato), César e Pio. Técnico: Osvaldo Brandão.
Diário da Tarde (PR), 02 julho de 1973, Ed. 21 953, pg 19

Campanha

07 jogos, 05 vitórias, 02 empates, 0 derrota, 08 gols marcados e 0 gol sofrido.

Artilharia

03 gols: Enéas
                        02 gols: Cabinho e Wilsinho
01 gol: Isidoro

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